segunda-feira, 25 de abril de 2016

O grande combate que se avizinha.
Visão de Soror Patrocínio da luta dos dois leões

Soror Patrocínio e Nossa Senhora do Olvido, Triunfo e Misericórdias
Soror Patrocínio e Nossa Senhora do Olvido, Triunfo e Misericórdias
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs




continuação do post anterior: Retorna a milagrosa imagem achada após famosa visão de Soror Patrocínio



Em 1835, Soror Patrocínio viu um imenso combate vindouro entre o catolicismo e seus inimigos.

Ambos os lados são representados por dois leões. O católico tem uma Cruz na testa.

Assim escreve sua confidente e biógrafa Soror Maria Isabel de Jesus:

“Na festa de Santo Agostinho do ano 1835, à noite, na hora em que a Comunidade ia se recolher, deixando a minha venerada Madre em sua cama no chão, ela teve um êxtase admirável, uma visão muito misteriosa, no juízo da Revda.

“Madre Pilar que a presenciou, por algumas palavras soltas que lhe ouviram e pelo que a própria Madre [Abadessa] conseguiu tirar dela, obrigando-a a falar.

“Parecia-lhe ver uma grande batalha; a Rainha dos Anjos sentada com seu Divino Filho na forma de Menino dormindo, os quatro Doutores da Igreja e muitos outros personagens, dois deles atrás de um leão que aparecia sentado e com uma cruz na testa.

“A luta era contra outro leão, que depois se converteu em serpente.

“O leão marcado com a cruz estava como quem não pode se mover e, de início, só mexia a cauda e alguma pata, mas sempre permanecia imóvel, apesar dos esforços de seu adversário.

“Quando o leão da cruz tomava coragem e se voltava para o Menino Deus, segurado pela Virgem Santíssima em seus braços, Ele acordava e então o leão ganhava novos brios e pelejava com mais força.

“Por fim, a Senhora pegou seu Doce Menino que dormia e O pôs sobre o leão da Cruz; e então aconteceu a vitória; e os dois personagens que estavam atrás do leão, um deles também com uma cruz, se uniram e tudo foi gáudio e louvor de Deus.

“Este êxtase ou visão durou de dez da noite a uma da madrugada, momento em que a Serva de Deus voltou um pouco a si e falava coisas tão altas e com tanta gravidade, que deixava entender bem a vida superior que então gozava.

“Durante todo esse tempo ela parecia formosíssima e como quem presenciava uma batalha.

“Certas vezes seu rosto se acendia e mostrava grande regozijo; outras vezes era como quem escutava com grandíssima atenção e depois dizia alguma palavra.

“Quando o leão tomava coragem e acordava o Menino, ela dizia: Ai! dando a entender que as orações dos fiéis davam coragem ao leão. E assim em toda a série do êxtase.”

A religiosa biógrafa acrescenta que a Madre Abadessa quis saber o que Soror Patrocínio tinha visto e conhecido.

Mas ela respondeu que uma coisa são as visões e outra é a sua interpretação. E que ela não falaria sem consultar antes o seu diretor ou superior.

A Abadessa achou que seria imprudente insistir. (pág. 100).


continua no próximo post: A misteriosa ressurreição que encherá o mundo de espanto e decidirá a batalha em favor da Igreja. Visão de Soror Patrocínio


segunda-feira, 11 de abril de 2016

Retorna a milagrosa imagem achada após famosa visão de Soror Patrocínio

Nossa Sehora do Olvido, Triunfo e Misericordias
retornou a Madri onde seu culto está ligado
a uma visão sobrenatural de Soror Patrocínio.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs




Uma imagem ligada a uma célebre aparição de Nossa Senhora , voltou a ser venerada publicamente em Madri, informou o site católico Cari Filii.

A aparição foi para Soror Maria de los Dolores y del Patrocínio O.I.C.(1811-1891), nascida María de los Dolores Quiroga y Capopardo num lar da mais alta aristocracia espanhola.

O fato místico aconteceu no dia 13 de agosto de 1831 e foi reconhecido como sobrenatural pelo Papa Gregório XVI.

Como consequência da aparição de Nossa Senhora e obedecendo às indicações da Mãe de Deus na própria aparição foi procurada e achada no convento uma imagem ignorada ou desconhecida por todas as religiosas.

Tratava-se da imagem de Nossa Senhora do Olvido, Triunfo e Misericórdias, que agora está sendo venerada na cidade da aparição, Madri. Mais precisamente no mosteiro de São José, Jesus, e Maria da calle [rua] Caballero de Gracia, das religiosas Concepcionistas franciscanas, pertencentes à mesma Ordem das religiosas do mosteiro da Luz de São Paulo.

A fama de santidade de Soror Patrocínio, sua influência no século XIX e sua devoção a Nossa Senhora sob essa invocação, suscitaram vendavais de perseguição contra ela, atiçados por grandes políticos revolucionários da época.

Destacou-se notadamente Salustiano Olózaga (1805-1873), liberal anticatólico e antimonarquista que temia a influência de Soror Patrocínio sobre a Rainha Isabel II e o povo.

O anticatolicismo em suas diversas fórmulas – liberal, socialista, comunista e anarquista – tremia diante das multidões de madrilenos que iam em massa rezar no convento das concepcionistas.

Os revolucionários detestavam especialmente a influência contrarrevolucionária da religiosa sobre a hesitante rainha Isabel II, que era fraca de caráter e sofria violentas pressões de seus ministros.

Soror Patrocínio quando jovem religiosa.
Soror Patrocínio quando jovem religiosa.
Mas a influência combinada de Soror Patrocínio e o confessor da Rainha, o grande Santo Antonio Maria Claret, frustrou os planos anticatólicos.

Passeatas revolucionárias exigiam a expulsão de ambos e do Beato Pe. Palau OCD, que fazia grande apostolado contrarrevolucionário na Catalunha.

No dia 9 de novembro de 1835, Olózaga, líder do partido liberal dito “exaltado” ou também “progressista”, combinou a prisão de Soror Patrocínio, acusando-a de “impostura artificiosa e fanática, e da tentativa de subverter o Estado favorecendo a causa do Príncipe rebelde”, Dom Carlos Maria Isidro [Carlos V na cronologia carlista] irmão do falecido rei Fernando VII.

Por fim, em 25 de novembro de 1836, Soror Patrocínio foi condenada sem provas a nove anos de exílio.

No mesmo ano, por ordem do presidente de governo Juan Álvarez Mendizábal (1790-1853), desatou-se um processo dito de “desamortização” dos bens eclesiásticos.

Tratou-se de um confisco sumário de milhares de prédios e propriedades da Igreja Católica. O botim do saque jurídico foi repartido entre os correligionários “liberais” ou “progressistas” do governo.

Criou-se assim uma nova casta de proprietários ilícitos que arrancou o poder econômico que a Igreja herdara após séculos de obras caritativas e sábia administração.

Uma das comunidades roubadas foi a das concepcionistas franciscanas da calle Caballero de Gracia.

O professor Javier Paredes, catedrático de História Contemporânea da Universidade de Alcalá de Henares, compulsou os inventários redigidos pelos fiscais do Estado confiscador, mencionando “três panelas, quatro frigideiras, vinte garfos de ferro, quinze cobertores, dois colchões…!”

As religiosas, que praticam em ato grau a virtude da pobreza, tiveram até esses mínimos objetos confiscados.

As obras de arte do convento foram saqueadas e o prédio vendido “a preço de banana” em 1838 a um estrangeiro de nome Pedro Adolfo Deville, que o demoliu.

Soror Patrocínio com roupas civis, condenada ao exílio.
Soror Patrocínio com roupas civis, condenada ao exílio.
Desapareceu assim a devoção popular a Nossa Senhora do Olvido, Triunfo e Misericórdias.

Mas Soror Patrocínio levou consigo ao exílio na França a imagem de Nossa Senhora do Olvido, Triunfo e Misericórdias que foi achada miraculosamente no convento após a aparição, como foi acima dito.

De volta a Madri em 1844, ela refundou a comunidade em outro endereço.

Soror Maria Isabel de Jesus, que foi durante muitos anos secretária de Soror Patrocínio, conta no livro “Vida Admirável da Serva de Deus Madre Patrocínio”, publicado em 1925, que a imagem aparecida miraculosamente no convento, “tornou-se companheira de viagem da Madre Patrocínio” até sua morte no convento de Guadalajara (Espanha).

Nesse mesmo livro lemos algumas das visões extraordinárias que teve a virtuosa religiosa. Elas nos falam de um imenso embate vindouro entre o catolicismo e seus inimigos. Ambos os lados são representados por dois leões. O católico tem uma Cruz na testa.

O que é que a santa religiosa viu? É o que reproduziremos nos próximos posts em todos os seus detalhes.


continua no próximo post: O grande combate que se avizinha. Visão de Soror Patrocínio da luta dos dois leões

Ciência confirma autenticidade das chagas de Sor Patrocinio, explica historiador Javier Paredes